sexta-feira, 19 de março de 2010

Breve Introdução à Análise de Investimentos

Como vimos no Post Passos Básicos para Começar a Investir na Bolsa de Valores , comprar ações é muito simples e não exige nenhum conhecimento amplo. Entretanto uma vez que o investidor tenha disponibilizado recursos na corretora deve tomar uma decisão: quais ações irá comprar? Esta já é uma decisão que envolve um pouco mais de conhecimento e cujo resultado será o lucro ou prejuizo do investimento.
Para auxiliar o investidor na sua tomada de decisão, existem as chamadas análises de investimentos. As mais conhecidas são a análise técnica (ou gráfica) e a fundamentalista, mas existe ainda uma terceira, a análise quantitativa. Veremos de forma bem resumida um pouco de cada uma delas que depois serão aprofundas em post posteriores.

A Análise fundamentalista se baseia nos fundamentos das empresas e da economia em si. Para isto, seus adeptos, procuram verificar se o preço do mercado, ou seja, aquele que está sendo negociado na Bolsa de Valores, está caro ou barato em relação a estes fatores. Se estiverem baratos a recomendação é de compra, se estiverem caros é de venda.

A análise técnica baseia-se num pressuposto, de uma das correntes de psicologia, que acredita ser a natureza humana mais ou menos constante, ou seja, as pessoas reagem de forma simular em situações semelhantes. Acredita também que os investidores compram e vendem ações mais sob influencias de emoções (como ganância, medo, esperança, orgulho, etc) do que da razão pura e simplesmente. Os preços, resultado das decisões dos investidores, ficam expressos nos gráficos, deixando “pistas” sobre uma possível direção para os preços no futuro.

Já a análise quantitativa, bem pouco conhecida dos investidores comuns, mas já utilizada por grandes gestores de investimentos, é baseada na estatística utilizando-se métodos matemáticos, como correlação, desvio padrão e outros para determinar pontos de compra ou de vendas de ações.

Um comentário:

  1. Independente do instrumento de análise utilizado, o processo consiste em observar o comportamento passado (histórico) para elaborar previsões para o futuro. Não temos qualquer garantia que o padrão de comportamento vai se repetir. Os fundamentos da empresa que resultaram em lucors e dividendos no passado, não são suficientes para garantir lucros futuros. O comportamento dos mercados e a expectativa da pessoas também é altamente volátil. Por isso é um mercado de risco.

    No entanto, as ferramentas estatísticas da análise quantitativa - e da técnica, quando utiliza médias, desvios e bandas na construção de gráficos, procura captar esses movimentos aleatórios com razoável grau de precisão.

    Os modelos utilizados para descrever as chamadas "séries temporais" são conhecidos como processos estocásticos, isto é, processos controlados por leis probabilísticas. A construção desses modelos depende de fatores como o comportamento do objeto de estudo, o conhecimento prévio que temos desse objeto e o objetivo que buscamos.

    Encontramos no mercado ótimos métodos de estimação implementados em programas de computador extremamente complexos.

    Por outro lado, não é a complexidade do modelo, mas sua aderência ao comportamento e aos objetivos propostos que vai retornar os melhores resultados.

    Pudemos verificar isso no encontro da Confraria dos Traders, na sexta-feira passada, 26 de março de 2010, quando o professor Plinio Barreto, com muita propriedade e a simplicidade de quem domina o assunto, nos brindou com estratégias extremamente simples e poderosas para traçarmos estratégias vencedoras utilizando estimadores estatísticos aplicados a análise gráfica e ponderados por métricas fundamentalistas. Dessa forma, ilustra a complementaridade das diversas formas de análise.
    Nas palavras do professor, a estratégia prescinde da "informação organizada para evitar conflito", uma vez que o objeto de estudo é unico, seja qual for a modelo ou ferramenta escolhida.

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